Concurso Regional de Qualidade na Colheita da Soja premia vencedores em Maringá

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Na última quinta-feira (03) foram conhecidos os vencedores do 16º Concurso Regional de Qualidade na Colheita de Soja da Região de Maringá e 24ª edição municipal/safra 2019/2020. O Concurso é realizado pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater) em parceria com a Cresol, Sociedade Rural de Maringá e Unicesumar.
Nesta safra foram avaliadas 200 colheitadeiras, de vinte municípios da região de Maringá, seguindo a metodologia da Embrapa-Soja. A avaliação das máquinas foi feita por equipes compostas por produtores, operadores, estudantes (Unicesumar, Uningá e UEM), técnicos de prefeituras, sindicatos, empresas privadas e do IDR-Paraná. Neste ano a premiação foi feita virtualmente, transmitida pelo canal da Sociedade Rural de Maringá no Youtube. Também foi realizada a campanha Colheita Solidária que arrecadou quatro toneladas de alimentos destinados a instituições assistenciais da região. 

O primeiro colocado do concurso foi Delson Cremm, que teve uma perda de 0,13 sacas/ha. A seguir vieram Roberto Ivan Ponzio, Rodrigo Marquez, Pedro Augusto Maurício, Eliez Rodrigues, Junior Cesar Rossi e Maurício Ponzio. Também foram premiados os operadores de máquinas de cada marca que perderam menos soja durante a colheita: Reginaldo Luiz da Silva (New Holland),  Paulo Robson Menezes da Fonseca (John Deere) e Vinícius Aurélio Brandolin (Massey Ferguson). O concurso premiou até o 34º colocado.

Preocupação antiga
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, ressaltou a importância do concurso. Ele lembrou que a preocupação em evitar perdas na colheita não é novidade para ele. “Desde a minha adolescência eu cuidava para não perder nenhum grão de soja junto com a palha, quando saia na trilhadeira que nem se usa mais”, contou. Ortigara destacou que atualmente não se concebe que o produtor perca o esforço em fazer uma boa lavoura, conseguir um bom stand de plantas, diminuir o gasto com defensivos ou fazer um plantio direto de qualidade e fazer a colheita de qualquer jeito. “Máquina bem regulada, ponto certo de maturação. velocidade adequada, momento do dia para fazer a colheita. Isso tudo é importante. Cada meia saca que a gente perde é, no mínimo, um bom recurso que deixa de entrar na propriedade. Portanto, a gente parabeniza esse esforço técnico dos profissionais do IDR-Paraná, dos agricultores e das cooperativas para continuar essa importante experiência”, destacou Ortigara. O secretário ressaltou ainda que meia saca de soja que deixa de ser perdida em cada hectare, nos 5,4 milhões de hectares plantados com soja no Paraná, dá um bom dinheiro. Ele também parabenizou a visão solidária do concurso deste ano, com a campanha Colheita Solidária que vai prover alimento para as famílias em situação vulnerável na região.  

Vanguarda
Para o diretor presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza o concurso da região de Maringá é uma atividade educativa que qualifica a operação da colheita. “A soja é uma atividade importante no estado. Esse esforço de qualificar os operadores busca deixar o mínimo possível no campo que é uma renda perdida. Essa atividade tem mostrado que é possível reduzir essas perdas a níveis mínimos. É importante que se premie aqueles que se dedicam a fazer bem feito a agricultura”, afirmou. Souza também acredita que neste ano a Colheita Solidária foi um diferencial. “Essa campanha é importante nesse momento de pandemia, em que muitas pessoas vão ser beneficiadas pelo esforço de todos que participaram do concurso.  A campanha coloca a região de Maringá numa posição de vanguarda”, concluiu.

Economia
Os organizadores do concurso lembram que no Brasil a perda média durante a colheita de soja é de duas sacas/ha. Esse índice cai para 1,05 sacas/ha no Paraná. Entre os participantes do concurso a perda média ficou em 0,43 saca/ha. Segundo os cálculos dos técnicos, se nos 5,4 milhões de hectares de soja plantados no estado a perda fosse a mesma dos participantes do concurso, o Paraná colheria mais 3,4 milhões de sacas de soja. Ao preço de hoje, R$144 a saca, seriam mais R$ 490 milhões que movimentariam a economia do estado. Aplicando-se esse índice conseguido no concurso nos 62,5 milhões de hectares de soja no Brasil, a economia nacional poderia ganhar mais R$ 14 bilhões com o controle de perdas na colheita da soja. 

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