Mortes em confrontos policiais no Paraná crescem 13,5% no semestre

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Ao menos 184 pessoas perderam a vida durante o primeiro semestre deste ano no Paraná, em casos registrados como confrontos com policiais militares e guardas municipais. O número divulgado hoje (24), pelo Ministério Público do estado (MP-PR), representa um aumento de 13,5% em comparação com as 162 ocorrências notificadas nos seis primeiros meses de 2019.

Responsável por, entre outras coisas, exercer o controle externo da atividade policial, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-PR, aponta que quase um quarto das mortes em confrontos policiais ocorreu na capital, Curitiba, onde foram registrados 48 casos. Em seguida vem Londrina, com 29 mortes; São José dos Pinhais (14); Colombo (7) e Prudentópolis (7). Do total de ocorrências, 183 envolvem pms, e uma guardas municipais.

No primeiro semestre do ano passado, o estado alcançou uma redução da letalidade policial em comparação ao mesmo período de 2018, registrando um total de mortes em confrontos (162) inferior ao do mesmo período de 2018, quando a intervenção policial resultou em 179 óbitos.

Na comparação anual, em 2019 houve menos mortes em confrontos com policiais que em 2018 – queda que interrompeu um histórico ascendente que vinha desde pelo menos 2015.

Consultada, a secretaria estadual da Segurança Pública não se pronunciou sobre os dados divulgados pelo Ministério Público, transferindo ao comando da PM a atribuição. Em nota, o Comando da Polícia Militar do Paraná informou que toda e qualquer ação de integrantes da corporação, “seja no âmbito preventivo ou repressivo”, é amparada pelos limites legais, “e leva em consideração os direitos humanos e a dignidade da pessoa”.

“Nas situações em que ocorrem confrontos armados envolvendo policiais militares, a PM não busca o resultado morte, mas sim a proteção da vida do cidadão e dos policiais militares envolvidos na ocorrência”, afirma o comando da corporação, assegurando que a atuação policial segue protocolos internacionais, segundo os quais o uso de armas de fogo são um último recurso.

“Além disso, a corporação está sempre instruindo e aperfeiçoando seus integrantes no sentido da busca da preservação da vida e respeito aos direitos humanos”, sustenta o comando da PM. “O compromisso da PM é sempre com a proteção da vida, tanto do cidadão comum quanto dos militares estaduais”.

A Agência Brasil questionou a assessoria da PM sobre o número de policiais mortos ou feridos em serviço durante o último semestre, e a comparação com outros períodos, mas a corporação informou que ainda terá que fazer o levantamento dos dados.

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