Universidades estaduais são protagonistas de ranking global de inovação e impacto social

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As universidades estaduais do Paraná conquistaram várias posições de destaque no SCImago Institutions Rankings (SIR), classificação internacional que utiliza indicadores de desempenho em pesquisa, resultados de inovação e impacto social pela visibilidade na Internet. O ranking é realizado anualmente pelo SCImago Lab, uma consultoria especializada na geração de metodologias de avaliação de atividades de pesquisa em todo o mundo.

O SCImago Lab é ligado ao Conselho Nacional de Pesquisa da Espanha (CSIC, sigla para Consejo Superior de Investigaciones Científicas), considerado a terceira maior instituição pública de pesquisa científica e tecnológica da Europa. Além de universidades, o SIR avalia empresas, órgãos governamentais e organizações da sociedade civil relacionados ao desenvolvimento de pesquisas. Neste ano, foram analisadas mais de oito mil instituições de todos os continentes, sendo 151 universidades brasileiras.

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) registrou a variação mais significativa, 15%, com 88 pontos de diferença na comparação entre os anos de 2021 e 2022. Melhor classificada entre as instituições estaduais paranaenses, a UEM ocupa o 13º lugar nacional e a 22ª colocação na América Latina. No mundo, a instituição está na posição 420.

A UEM é a paranaense que lidera em todos os indicadores, separadamente. Em relação à pesquisa, ela é a 11ª universidade brasileira que mais publica artigos acadêmicos indexados na base de dados científicos Scopus, da editora holandesa Elsevier (uma das maiores do mundo). Nos critérios inovação e impacto social, a instituição está, pela ordem, em 32º e 21º lugares da classificação nacional.

MAIS DESTAQUES – A Universidade Estadual de Londrina (UEL) aumentou 67 pontos em relação ao ano anterior e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) evoluiu em 70 – que equivale à variação de 10%. As duas instituições figuram nas 24ª e 47ª posições nacionais e em 40º e 78º lugares no ranking latino-americano. No global, a UEL ocupa a posição 459, enquanto a UEPG está na 513ª colocação.

Nos quesitos específicos, as instituições obtiveram a seguinte classificação nacional: UEL – 23ª em pesquisa e inovação e 24ª em impacto social; e UEPG – 36ª em pesquisa, 40ª em inovação e 32ª em impacto social.

Com variação de 12%, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) conquistou 66 pontos, ocupando a 51ª posição nacional e a 82ª latino-americana. No mundo, a instituição está em 517º lugar. Nas métricas específicas, entre as universidades brasileiras, a Unioeste alcançou as marcas de 41ª em pesquisa, 37ª em inovação e 34ª em impacto social.

Finalizando os resultados das instituições paranaenses de ensino ligadas ao Governo do Paraná, as universidades estaduais do Centro-Oeste (Unicentro) e do Norte do Paraná (UENP) aumentaram 64 e 66 posições, respectivamente, na comparação entre esses dois anos. Esse desempenho representa variação de 9% para ambas as instituições. No global, a Unicentro está na 518ª colocação e a UENP em 555º lugar.

A Unicentro alcançou as marcas de 40ª universidade brasileira em pesquisa, 36ª em inovação e 38ª em impacto social. Nesses mesmos critérios de avaliação, o ranking aponta a UENP como a 70ª instituição de ensino superior nacional em pesquisa, 38ª em inovação e 39ª em impacto social.

COMPROMISSO – Segundo o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, esses resultados sinalizam a importância do trabalho que vem sendo desenvolvido por professores, pesquisadores e outros profissionais da educação superior, no âmbito da estrutura do Estado do Paraná, com impacto positivo na formação acadêmica e profissional dos estudantes.

“Atendendo recomendação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, assumimos um compromisso estratégico, no sentido de fortalecer as ações de ensino, pesquisa e inovação nas universidades estaduais do Paraná. A ideia é contribuir, cada vez mais, para o desenvolvimento sustentável, refletindo em melhoria contínua das condições de vida dos cidadãos paranaenses”, afirma o gestor.

Aldo Bona explica que o Paraná segue empenhado na geração de soluções inovadoras para melhorar a visibilidade científica e a gestão do conhecimento nas instituições de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica. “Nesse contexto, um conjunto de ações governamentais inclui marcos político-institucionais, com foco na qualificação de pessoal e na estrutura necessária para o desenvolvimento de pesquisas”, enfatiza o superintendente. Ele cita e destaca o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Lei Geral das Universidades.

ÁREAS DO CONHECIMENTO – O ranking destacou, ainda, a produção científica das seis instituições estaduais paranaenses em diferentes áreas do conhecimento: UEM – 5º lugar nacional em Química; UEPG – 7º lugar nacional em Energia; Unioeste – 9º lugar nacional em Ciências da Terra e Planetárias; e UEL – 10º lugar nacional em Medicina Veterinária.

Outras instituições paranaenses também se destacaram no SIR 2022: Universidade Federal do Paraná (UFPR) – 12ª posição nacional; Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) – 79ª posição nacional; Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – 80ª posição nacional; e Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná – 125ª posição nacional.

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