Sergio Mattarella reeleito presidente de Itália

Mundo Política Post Destaque

O parlamento de Itália voltou a dar a presidência da república a Sergio Mattarella. Com o mandato a terminar a 3 de fevereiro, o atual chefe de Estado preparava-se, aos 80 anos, para abandonar as lides políticas, mas após uma semana de impasse quanto a um novo nome para suceder ao cargo, Mattarella foi o único a reunir consenso parlamentar e o presidente italiano acabou mesmo por ser reeleito, este sábado.

A solução encontrada agradou a vários espectros políticos, que aplaudiram de pé a eleição do presidente, disposto a assumir responsabilidades em tempos conturbados pela crise económica e a pandemia de covid-19

No discurso de vitória, Matarella disse que “estas condições impõem não nos furtarmos aos deveres para os quais somos chamados e naturalmente eles devem prevalecer sobre outras considerações e diferentes perspectivas pessoais com o compromisso de responder às expectativas e esperanças dos nossos concidadãos”

Mesmo para o outrora opositor Movimento 5 Estrelas, que em 2018 queria depor Mattarella, a eleição do chefe de Estado “representa a máxima garantia pessoal, é útil para fazer avançar a atividade do governo nesta fase crítica do país por várias razões: a crise económica, a pandemia, a aplicação do Plano Nacional de Recuperação e Resiliência e também por ter a certeza de se tornar o ponto de referência político central na Europa no que diz respeito à crise geopolítica que pode vir a desenvolver-se entre a Rússia e a Ucrânia”, afirmou o senador Vincenzo Presutto.

O futuro de Draghi

Ao longo da semana Mario Draghi surgiu como um forte candidato à presidência, mas a incapacidade de encontrar outro líder do executivo e a perspetiva de uma crise na atual coligação governamental afastaram o primeiro-ministro italiano da corrida. Draghi acabou por pedir a Mattarella que renovasse o mandato.

Alguns analistas questionam se o longo mandato de sete anos será totalmente cumprido por Mattarella, ou se esta reeleição vai apenas dar uma margem ao atual primeiro-ministro para se posicionar, após as eleições legislativas de 2023.

Por outro lado, nem todos apoiaram a candidatura de Sergio Mattarella. Esta escolha criou divisões dentro dos partidos e sobretudo dentro do centro-direita, lançando ainda algumas dúvidas sobre o impacto que terá no governo, nos próximos meses.

Autor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *