José Aparecido Pereira chegou a Maringá, vindo de Nova Londrina, há cerca de seis anos. Vivia nas ruas e buscou no álcool uma fuga para os problemas. Foi acolhido pelo Marev, onde ficou nove meses. Depois, foi morar na Unidade de Acolhimento do Portal da Inclusão da Prefeitura de Maringá. Lá, recebeu apoio, fez curso de pedreiro e arrumou emprego. Se casou. Leva uma vida normal e está no mesmo trabalho há quatro anos.
Em 15 anos de atividades, o Programa Portal da Inclusão (PPI) da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Maringá promoveu a reinserção social de cerca de 300 pessoas, muitos migrantes e itinerantes, como seu José. Depois de passar um período na Unidade de Acolhimento Municipal, a maioria consegue retornar à sociedade, com emprego e muitas vezes formando uma família.
Na sua primeira administração, o prefeito Ulisses Maia aumentou a capacidade do Portal da Inclusão, de 10 para 15 pessoas. “Existe a determinação do prefeito de dar atendimento integral aos residentes, com oferta de ações que facilitem sua inclusão no trabalho e permitam reconstruir seus projetos de vida e os vínculos de pertencimento”, explica o diretor da unidade, Adauto Cezario da Silveira.
O diretor acrescenta que o público-alvo passa por uma triagem. “Avaliamos se estão em condições físicas, cognitivas e emocionais de conseguir um emprego”. O tempo médio de permanência na unidade de proteção social é até nove meses, quando são fornecidas refeições e a provisão de roupas, material de higiene e calçados.
Os residentes têm apoio de educadores e técnicos. A unidade trabalha com a perspectiva da inclusão produtiva e estimula o senso de empregabilidade e empreendedorismo para que os residentes consigam reorganizar suas vidas. Gente como Rodolfo (pseudônimo, pois prefere não se identificar), de 66 anos. Ele é um exemplo de que, muitas vezes, os moradores de rua precisam de oportunidade e atenção para se reintegrar à sociedade.
“Eu morava no estado de São Paulo e as coisas não deram certo na minha vida. Virei morador de rua. Passei de cidade em cidade até chegar a Maringá. Fiquei três meses em um Albergue e 15 dias vivendo sozinho em um quarto. Em 2018 fui acolhido no Portal. Recebi carinho e apoio. Em 11 meses, consegui finalizar o ensino fundamental e cursar o ensino médio. Sou vendedor e estou empregado em uma boa empresa. Moro bem. Como bem. Consegui me reintegrar à sociedade e devo isso ao Portal e às pessoas que administram o local. Conheci pessoalmente o prefeito Ulisses Maia e digo para quem quiser me ouvir que Maringá é a melhor cidade do Brasil”.