Na manhã desta quinta-feira,8, o Terminal Urbano de Maringá amanheceu com a paralisação dos motoristas. O local vazio e sem ônibus. O motivo, segundo o sindicato da categoria, é a falta de pagamento do salário que deveria ter ocorrido ontem 7.
De acordo com a TCCC, os motoristas não receberam o salário porque sem auxílio público o sistema de transporte entrou em colapso financeiro.
Alan Souza, usuário do transporte coletivo, conta que foi pego de surpreso, pois estava contando que faria o trajeto para o trabalho normalmente. “Ontem, eu fui dormir com a certeza que trabalharia normalmente e descubro que os motoristas estão de greve. Entendo a questão deles, mas nós que dependemos do transporte ficamos prejudicados e usar algum carro de aplicativo o preço sobe muito, fica difícil”, afirmou.
O vice-presidente do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários de Maringá (Sinttromar), Emerson Luis Viana Silva, explica que o sindicato esteve nas garagens, orientando os trabalhadores. Silva ainda ressaltou que a população precisa ser informada e não pega de surpresa.
Para a vendedora Kellen Rodrigues, também usuária do transporte, disse que o terminal está cheio de pessoas esperando nas linhas sem saber o que fazer. “Eu estou aqui no centro nem vou conseguir trabalhar hoje, vou ter que voltar para casa, pois estou aqui no terminal e não tem nenhum ônibus saindo”, diz.
O sindicato foi surpreendido, ontem,7, às 15h, pelos representantes da empresa, informando que os empregados não receberiam os salários. “Os trabalhadores decidiram que não trabalhariam enquanto os salários não fossem depositados nas contas”, explicou Silva.
Raiane Barros, usuária do transporte conta que ficou por horas esperando o ônibus, até que descobriu que não teria no momento. “É complicado, a gente precisa para trabalhar, fiquei um tempo esperando para descobrir que agora não teria”, diz.
Em nota, a Prefeitura Municipal está acompanhando a paralisação das atividades da TCCC durante a manhã desta quinta-feira, 8. O Município tem mantido reuniões diárias com a empresa de transporte coletivo para chegar a um denominador comum e manter a qualidade do serviço à população. A Concessionária solicita o pagamento de mais R$20 milhões para suportar os prejuízos com a pandemia de Covid-19. A Prefeitura contratou a Fipe – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, para avaliar o contrato e os reais prejuízos da concessionária. A Prefeitura tem auxiliado diversos segmentos da sociedade, sejam pessoas em situação de vulnerabilidade e empresas de setores atingidos. Mas, considera que o valor é elevado e que, apesar da redução brusca de passageiros, a TCCC não parou em nenhum momento. Continuamos as negociações com a empresa e ouvindo o Sindicato dos Trabalhadores para tomar as medidas necessárias visando a manutenção deste serviço que é vital para nossa população.