A volta da possibilidade de os estados e municípios adquirirem vacinas contra o Coronavírus diretamente animou o prefeito Ulisses Maia. Desde o ano passado, a prefeitura reservou R$ 100 milhões de reais para a compra do imunizante. O prefeito já determinou que a Secretaria de Saúde faça os estudos iniciais para a aquisição. “Ficamos muito felizes com a liberação pelo STF, já que infelizmente os casos de contágio e mortes têm aumentado muito. Estávamos trabalhando e pressionando nesse sentido. Recursos nós temos e já colocamos nossos técnicos para entrar em contato com diferentes fornecedores para definição da melhor vacina. Sabemos que a demanda no mercado mundial é maior que a oferta, mas nosso propósito é vacinar nossa população”, explica Ulisses.
A primeira questão a se levar em conta é que a liberação é condicionada: o STF deu prazo de 72 horas para o governo cumprir o plano nacional de vacinação ou deixar claro que a programação da União é suficiente para imunizar a população de determinada região. Somente se estas condições não forem atendidas é que estados e municípios poderão fazer as compras diretamente.
A vacina da Pfizer conseguiu, ontem, o registro definitivo no Brasil e é a mais acessível. O laboratório determina que o comprador se responsabilize por eventuais problemas causados pelo imunizante. Assim, o município deverá fazer um estudo mais amplo para analisar a segurança e a eficácia da vacina em outros países onde ela tem sido usada. E também analisar outras possibilidades de vacinas disponíveis e em condições de serem utilizadas no Brasil.
O prefeito Ulisses Maia tem preocupação grande com a Macrorregião Noroeste. E pretende analisar se outras prefeituras têm interesse em adquirir as vacinas em conjunto. Outra possibilidade é a compra conjunta via Governo do Estado, o que deve ser tratado com o governador Ratinho Junior. A compra poderia ser feita via Consórcio Paraná Saúde. Se houver união das prefeituras, a compra pode ser feita com preços menores e até condições melhores para entrega mais rápida.
Outra determinação de Ulisses é a aquisição de seringas para aplicação das vacinas. Em 2020 Maringá havia licitado um milhão de seringas. Os fornecedores pediram realinhamento de preços e a licitação foi cancelada. Hoje, o município tem seringas em estoque, mas o consumo das mesmas subiu muito com o aumento e gravidade dos casos de covid-19. Assim, nova licitação será feita.
Enquanto analisa as possibilidades de compra de vacinas, a Secretaria de Saúde também começa a pensar em um Plano Municipal de Imunização. Em termos de estrutura de pessoal, Maringá está preparada. Quando tiver seringas e vacinas, o município terá condições de vacinar cerca de 50 mil pessoas em um mês. Com 15% da população vacinada, em 30 dias haveria uma queda na disseminação do vírus. Um cenário que todos sonham.