Políticos portugueses vacinados a partir da próxima semana

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Numa altura em que nem todos os profissionais de emergência foram vacinados, a notícia foi recebida com críticas. A ministra da Saúde garante que o calendário está a ser respeitado.

“Os profissionais de emergência pré-hospitalar, nomeadamente bombeiros, profissionais de serviços essenciais, forças de segurança e também detentores de títulos de órgãos de soberania, começarão a ser vacinados na próxima semana. Na próxima semana começará também a vacinação de pessoas com mais de 50 anos e com as co-morbidades já identificadas que representam um risco para os hospitalizados para a Covid-19 ou para aqueles que possam sofrer um resultado fatal,” declara Marta Temido acrescentando que também começa a ser vacinado o grupo de pessoas “com mais de 80 anos de idade”.

De acordo com o jornal Público, o despacho assinado por António Costa estabelece que só os membros do Governo essenciais no combate à pandemia serão vacinados agora.

Da lista farão parte também o presidente da Assembleia da República e o líder do principal partido da oposição. Ainda não se sabe se esta fase abrange todos os deputados, mas há quem rejeite antecipadamente a vacina. É o caso de André Ventura, deputado do Chega e João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal. “Não faço parte de um grupo de risco, não tenho co-morbilidades, porque é que havia de ser vacinado antes, por exemplo dos meus pais que têm mais de 90 anos,” justifica o deputado liberal.

André Silva, do PAN considera que para além das três figuras de topo no Estado, só os membros do governo “que estão na linha da frente” do combate à pandemia devem ser vacinados nesta altura.

Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, não rejeita a vacina, mas diz que prefere recebê-la enquanto “cidadão e utente do Serviço Nacional de Saúde” do que como deputado.

A segunda fase de vacinação começa em fevereiro. Cinquenta personalidades escreveram uma carta aberta ao governo para que a prioridade seja dada aos cidadãos com mais de 80 anos. Da lista de subscritores fazem parte vários epidemologistas, mas também dois antigos ministros da saúde de govermos socialistas, Adalberto Campos Fernandes, que antecedeu Marta Temido no cargo, e Maria de Belém.

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