A comunidade internacional está chocada com as imagens de Bucha, na Ucrânia. Ruas cheias de cadáveres de civis, alegadamente assassinados pelos soldados russos durante a invasão…
São centenas…
Os apelos para a adoção de sanções mais duras contra a Rússia são cada vez mais audíveis. A Comissão Europeia anunciou a abertura de uma investigação e o presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, deve ser julgado por crimes de guerra.
O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, afirma que o massacre de Bucha é apenas a ponta do iceberg.
“Os horrores que vimos em Bucha são apenas a ponta do iceberg de todos os crimes que foram cometidos pelo exército russo no território da Ucrânia, até agora. Posso dizer-vos, sem exagero, mas com grande tristeza: a situação em Mariupol é muito pior”, afiança.
O Kremlin mantém a mesma posição, continuando a negar quaisquer responsabilidades. Nas Nações Unidas, o embaixador russo afirmou que esta é mais uma campanha para desacreditar a Rússia e apontou o dedo às autoridades de Kiev e ao Ocidente.
“Desde o início, ficou claro que isto não tem sido senão mais uma provocação encenada com o objetivo de desacreditar e desumanizar os militares russos e nivelar a pressão política sobre a Rússia. Temos evidências factuais que provam este ponto. Tencionamos apresentá-las no Conselho de Segurança, o mais rapidamente possível, para que a comunidade internacional não seja enganada pela falsa narrativa promovida por Kiev e pelos seus patrocinadores ocidentais”, assegura Vassily Nebenzia.
O exército russo tem recuado, nos últimos dias de várias áreas da Ucrânia, estando a concentrar esforços na região oriental do Donbass.
O Kremlin fez um ultimato às forças ucranianas para que saiam de imediato da cidade portuária de Mariupol.