A barbearia cada vez mais vem ganhando espaço com cortes modernos, tradicionais não só no cabelo, mas também na barba. Antigamente, um local frequentado somente por homens, hoje vem ganhando espaço e caindo no gosto masculino.
A profissão de barbeiro surgiu na época Brasil Colonial em meados do século 16. Neste tempo, a função exigia mais que cortar cabelo, ou fazer a barba, eles realizavam pequenas cirurgias e arrancavam até os dentes.
Muitos dizem que com os salões unissex e a modernização dos instrumentos de corte, muitos homens deixaram de frequentar as barbearias tradicionais e o espaço foi perdendo público. Apesar da baixa clientela, existem aqueles que com a modernidade se reinventaram mantendo a velha e boa navalha e a nova modernidade de cortes em um só local. Um exemplo é a barbearia do Luciano Molena, apaixonado pelo que faz, conta que a fascinação pelo trabalho vem do sangue. “Trabalho como barbeiro há dez anos, vem do sangue, não sei muito o que dizer, mas é algo que gosto, principalmente quando os clientes aprovam.”, conta.
Há quatro anos localizado na Rua Libertador San Martim, no Conjunto Requião, em Maringá, Molena atende homens de todas as idades durante o dia, da navalha até o estilo de corte mais tradicional, desde que abriu as portas. o barbeir fez nome e história no bairro.
O consultor óptico Guilherme Noveli, é cliente há anos na barbearia e ele diz que o trabalho é muito eficiente. “Corto geralmente uma vez a cada dois meses, de dois anos para cá, prefiro sempre ir no mesmo local, onde sei que não vai ter erro e sempre vou sair satisfeito.”, afirma.
Com o passar dos anos o ambiente se modernizou cada vez mais. Hoje, bares têm se misturado com a barbearia, dois tipos de negócio em um só lugar. Este novo conceito surgiu a pouco tempo em Maringá, mas vem fazendo não só a cabeça de muita a gente, a barba também. “ Muitos barbeiros tiveram que se aperfeiçoar com o passar dos anos em cursos e novas técnicas, inclusive a volta do uso da barba, a famosa barba do lenhador”, afirma o barbeiro Luciano Molena.
Entrar neste novo local é como viajar no tempo, ou em meio aos objetos antigos nas paredes, quadros de cantores, personagens famosos, cadeiras personalizadas, um ambiente nostálgico. A clientela pode tomar uma bebida e jogar conversa fora. O consultor óptico Guilherme Noveli, ressalta que esse novo ambiente é muito bom para socializar e conhecer histórias. “Essa iniciativa é muito boa para socializar, porque geralmente íamos cortar o cabelo, entravamos calado saíamos mudo. Hoje o local é mais descontraído”, conta.
As técnicas de corte são modernas, mas a navalha, considerada prática tradicional foi mantida provando que a barbearia não é um local ultrapassado, bastou um pouco de criatividade de reinventar. Os conceitos contemporâneos se misturaram ao conservadorismo do estilo mais clássico, só que nos tempos atuais.