Dólar passa de R$ 5,50 e atinge maior valor desde novembro

Economia Post Destaque

Em um dia de turbulência no mercado financeiro, o dólar ultrapassou a barreira de R$ 5,50 e fechou na cotação mais alta desde o início de novembro de 2020. A bolsa de valores teve forte queda e encerrou no menor nível em quase três meses.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (25) vendido a R$ 5,514, com alta de R$ 0,093 (+1,72%). A divisa operou próxima da estabilidade durante a manhã, mas passou a disparar depois das 11h.

A moeda norte-americana está no maior nível desde 5 de novembro, quando fechou vendida a R$ 5,545. O Banco Central (BC) chegou a vender US$ 1,53 bilhão das reservas cambiais, mas a volatilidade permaneceu, com a cotação continuando a subir. Na máxima do dia, por volta das 15h30, o dólar aproximou-se de R$ 5,54.

O dia foi marcado por perdas no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou esta quinta aos 112.256 pontos, com queda de 2,95%. Pela manhã, o indicador operou em alta, mas inverteu o movimento após o agravamento das incertezas em relação à mudança de comando na Petrobras.

As ações da companhia – as mais negociadas na bolsa – passaram a cair em meio à indefinição sobre a continuidade da política de preços dos combustíveis. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) caíram 3,87%. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) caíram 4,96%.

Em relação ao dólar, a cotação oscilou influenciada por fatores domésticos e externos. Além da troca de comando da Petrobras, o adiamento da votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que introduz contrapartidas fiscais para a recriação do auxílio emergencial provocou instabilidade no mercado.

No cenário internacional, o dólar subiu em todo o planeta com o aumento na demanda dos títulos públicos dos Estados Unidos, considerado o investimento mais seguro do mundo. A taxa do bônus de dez anos saltou para 1,5% ao ano, atingindo o maior nível em 2021. Juros mais altos dos títulos norte-americanos estimulam a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil.

*Com informações da Reuters.

Autor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *