O Museu de Arte do Rio (MAR) reabriu suas portas hoje (11) , seguindo os protocolos de segurança da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de autoridades sanitárias nacionais, em função da pandemia do novo coronavírus.
As regras incluem distanciamento entre as pessoas, máximo de 20 visitantes por vez em cada sala de exposição e disponibilização de álcool gel para higienização das mãos. Também será feito controle de temperatura dos visitantes. Como o museu tem cinco salas de exposição, o limite de visitação chega a 100 pessoas por hora, informou à Agência Brasil o curador-geral da instituição, Marcelo Gustavo Campos.
Neste primeiro momento, as salas estarão abertas de quinta-feira a domingo, das 11h às 18h. Os ingressos, no valor de R$ 20 (inteira), devem ser adquiridos no site do museu ou diretamente na bilheteria, das 10h às 17h. Segundo Campos o MAR vai funcionar também no sábado e no domingo de carnaval, uma opção de lazer cultural para aqueles que não gostam muito de folia. “Depois volta a funcionar de quinta a domingo”, disse.
Pintura mural
A reabertura do MAR traz a mostra inédita Paulo Werneck – Murais para o Rio, que vai ocupar uma das galerias do museu até agosto. Segundo Marcelo Campos, Paulo Werneck foi um importante muralista, que atuou junto a arquitetos de renome, entre os quais Oscar Niemeyer. São de autoria dele projetos como o prédio da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), localizado na região central do Rio.
“É um muralista a quem o museu se dedicou a estudar, junto com a neta dele, Claudia Saldanha, curadora da mostra conosco. E nós começamos a perceber que em vários lugares da cidade temos murais de Paulo Werneck e, muitas vezes, não sabemos. Ao lado da Candelária, temos um mural feito originalmente para o Banco Boavista”, citou o curador-geral. A exposição objetiva também revelar à população que a cidade tem obras de arte pelas ruas que nem todo mundo percebe, destacou Campos.
Exposições
Em paralelo à mostra de Paulo Werneck, terão continuidade as exposições Rua!; Casa Carioca e Aline Motta: memória, viagem e água, lançadas no ano passado. Casa Carioca, por exemplo, reúne cerca de 600 obras de mais de 100 artistas, com temas como lar e direito à moradia no Brasil. Já Rua! trata da linguagem urbana, isto é, a linguagem das ruas.
“Temos uma rampa de skate que é acionada em alguns momentos e mostra pessoas andando na rampa”, disse o curador-geral. A terceira exposição, que poderá ser apreciada agora, após a reabetrura do MAR, mostra o trabalho da artista visual fluminense Aline Motta, que pesquisa a ancestralidade africana da sua própria família. “Temos uma programação vasta para o carnaval”, disse Campos.
O curador-geral informou ainda que o museu está produzindo uma nova exposição, que deve começar a ser montada em abril, para inauguração em maio deste ano. A mostra terá parceria com o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB).
“Nós temos a coleção do IHGB, que vem desde o século 19, com peças históricas dos períodos do Império e da República, e a gente convida artistas contemporâneos que vão dialogar com essas peças. Vão rever a história do Brasil e atualizar essa história”.
O nome provisório dessa exposição é Imagens que não se conformam. Ou seja, trata de imagens que são da história, observando que toda história tem vários lados, vários caminhos de abordagem, adiantou Campos.