Militares nas ruas de Rangum marcam uma nova realidade em Myanmar. Aung San Suu Kyi, chefe do governo, mantém-se detida. O exército tomou não só conta das ruas como da governação. Myint Swe, era vice-presidente nomeado pelos militares e subiu agora à Chefia do Estado. Na primeira reunião com as Forças Armadas, instaurou o Estado de Emergência no país.
Condenação internacional
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia condenou “fortemente o golpe em Myanmar”, pediu a restauração do governo civil e a libertação dos presos.
Também o recém-empossado Secretário de Estado norte-americano pediu uma reversão imediata do golpe militar
Tom diferente do da China que pede a todos que resolvam as divergências à luz da lei.
“Registámos o que aconteceu em Mianmar e estamos agora a conhecer os pormenores. A China é um vizinho amigo de Mianmar. Esperamos que todas as partes lidem adequadamente com as suas diferenças no quadro constitucional e legal e mantenham a estabilidade política e social,”
As Forças Armadas da antiga Birmânia justificam a tomada de poder com fraude nas eleições de novembro passado. Uma acusação contestada pela Comissão de Eleições e por observadores internacionais.
O golpe ocorreu horas antes do novo parlamento tomar posse.
Nas ruas, Nem todos estão ao lado dos militares. Lei Lei Win, uma residente em Rangum desabafa: “Temos muitas preocupações neste momento, por causa da alimentação ou da saúde. A população já tinha de lidar com o problema da COVID e agora temos um golpe de Estado. Estávamos prestes a ficar bem e agora isto acontece. O que temos de fazer para sobreviver?”
Myanmar é desde esta segunda-feira um país mais isolado. A agência governamental responsável tráfego aéreo suspendeu todos os voos de passageiros.