Estrangeiros e minorias têm se tornado em várias partes do mundo bodes expiatórios. Foi assim que o relator especial* sobre assuntos da minoria reagiu à decisão do Parlamento Europeu de proteger grupos nacionais e linguísticos minoritários.
Organizações internacionais
Em comunicado, Fernand de Varennes disse que a resolução do órgão é bem-vinda e há muito necessária, uma vez que os direitos das minorias têm sido ameaçados e ignorados em muitos países.
Para o relator isto está acontecendo inclusive em organizações internacionais e regionais. De Varennes contou que a resolução é uma resposta ao aumento alarmante de crimes e discursos de ódio, casos de racismo e xenofobia e intolerância que alvejam grupos e minorias nacionais e linguísticas na Europa.
1 milhão de assinaturas
A resolução foi adotada em 17 de dezembro após a entrega de uma petição com 1 milhão de assinaturas da Iniciativa Cidadãos Europeus, e que pede a diversidade no continente.
Para ele, o tratamento discriminatório de minorias no continente deve cessar imediatamente. O relator afirmou que esses grupos estão sendo perseguidos nas redes sociais e outras plataformas de mídia, excluídos da cidadania e sofrendo retrocessos em temas como o direito à educação na própria língua materna.
De Varennes afirmou que existem distinções entre o conceito de minorias nacionais e linguísticas.
*Os relatores especiais são independentes das Nações Unidas e não recebem pagamento pelo seu salário.