Na reta final de um ano intenso como 2020, o site Maringa.Com desenvolveu uma retrospectiva apontando os principais acontecimentos da região nos últimos meses. É claro que muito será acerca do famigerado e ainda mais temível Coronavírus, mas este ano também nos ofereceu outros diversos acontecimentos e, muitos deles, felizes. Eventos onlines, decretos, tristes notícias, comemorações e o “novo normal” foram alguns dos ingredientes suficientes para que 2020 marcasse a vida de todos e de diversas maneiras.
Ainda quando o vírus era apenas um assunto comentado em outros países, algumas mudanças já haviam sido feitas na rotina dos maringaenses. O Carnaval Maringá 2020, por exemplo, foi deslocado até o Parque de Exposições de Maringá. Bem distante da região central da cidade, onde o evento havia sido realizado nos anos anteriores. Apesar da mudança, a folia reuniu milhares de pessoas.
E por falar em aglomeração, outros eventos promoveram grandes festas aos maringaenses. Inaugurações como a do Skate Park de Maringá e o Terminal Intermodal foram realizadas com apresentações ao vivo e entretenimento ao público. Mas o período de festas, eventos e multidões durou pouquíssimo em 2020.
Em março de 2020 teve início os novos hábitos em meio a pandemia. Com o primeiro caso confirmado em Maringá foi determinado o fechamento do comércio por 30 dias e toque de recolher na cidade. Os meses foram passando e os números de casos ainda não eram tão assustadores. Decretos permitindo eventos com até 150 pessoas, permitindo a reabertura de parques e praças e flexibilizando as medidas restritivas foram publicados.
No entanto, o cenário começou a ter uma grande piora apenas em novembro, oito meses após o primeiro de muitos decretos restritivos. Atualmente a matriz de risco da cidade se encontra em bandeira laranja com um recorde de 536 casos confirmados em 24 horas e 12 mortes registradas no mesmo período. Como se a situação já não fosse alarmante o suficiente, o número de leitos disponíveis na cidade chegou ao limite e novas medidas ainda mais restritivas foram determinadas pela prefeitura de Maringá, como por exemplo a Lei Seca das 17 às 5 horas e também acordos para a compra de uma possível vacina para os maringaenses. A mesma proibição foi estabelecida pelo Governador do Paraná, mas com horário distinto. O boletim diário é divulgado todos os dias em torno das 17 horas e os números têm sido elevados.
As restrições municipais e medidas de precaução contra o coronavírus resultaram em várias multas em Maringá. A rede de supermercados Muffato recebeu a maior multa, com valor de aproximadamente R$ 500 mil, por descumprimento de medidas. A Havan, além de multada foi interditada pela fiscalização municipal. No transporte coletivo o transtorno também foi grande. A TCCC recebeu multa de mais de R$ 400 mil por infringir as regras sanitárias de prevenção.
A prevenção contra o coronavírus também resultou na suspensão de aulas presenciais e eventos. No Paraná, o Governador Ratinho Junior suspendeu aulas do ensino público e particular a partir do dia 20 de março de 2020. Com a determinação estadual, a UEM fechou suas portas, suspendeu e adiou os vestibulares e começou a se adaptar para um ensino remoto que, apesar de causar revolta em grande parte dos alunos, foi adotado e segue em andamento até uma melhora no cenário.
Não apenas a educação, mas o setor de eventos também foi prejudicado pela chegada do Coronavírus. O primeiro grande evento suspenso foi a Prova Rústica Tiradentes 2020 a fim de evitar aglomerações e possíveis contaminações pelo Covid-19. Após a suspensão de alvarás a Expoingá 2020, que já havia até mesmo divulgado as atrações do ano, foi adiada inicialmente para outubro de 2020 mas acabou que só será realizada em maio de 2021.
Além disso, shows e outras apresentações que antes eram realizadas presencialmente foram adaptadas para o molde virtual, mantendo o entretenimento acessível. Alguns exemplos de eventos realizados online são a Virada Cultural, Flim e Só em Cena, que em 2020 se reinventaram para alcançar o público. No entanto, nem todo tipo de evento pode ser adaptado para a versão online, como foi o caso da Maringá Encantada 2020, cancelada devido aos índices preocupantes em relação ao coronavírus.
Apesar de sofrer um grande baque devido ao aumento no número de desempregados, a área de trabalho também teve que se adaptar e fazer parte de um “novo normal”. O home office foi uma atividade quase generalizada e com a inviabilidade dos encontros pessoais, quem é que estivesse atrás de uma oportunidade de emprego nestes tempos difíceis teria que saber lidar com a tecnologia como uma aliada para entrevistas online.
E neste período conturbado onde muitos perderam o emprego e conseguir uma ocupação se tornou ainda mais difícil, o governo lançou um auxílio emergencial no valor de R$ 600 para os brasileiros. Em meio a um cenário de grandes obstáculos, a solidariedade de muitos fez com que a realidade de muitos se tornasse menos sofrida.
Algumas das principais iniciativas realizadas na região foram a união de costureiros na confecção de máscaras e aventais; a arrecadação e doação de toneladas de alimentos e ações como rifa solidária para prestar apoio aos artistas maringaenses afetados e ações para custear espaços culturais. Teve até professor chef de cozinha prestando auxílio a diversas famílias carentes.
Assim como quaisquer atividades coletivas, o cinema e os cinéfilos também foram prejudicados com a suspensão de lançamentos e fechamento das salas em Maringá. Como uma boa estratégia de adaptação ao atual cenário e com a possibilidade de eventos em estilo drive-in, shopping da cidade realizou um cinema a céu aberto bem romântico para o dia dos namorados. A quarentena foi um empurrão para muitas pessoas mudarem hábitos e começar novas atividades.
Assim como qualquer outro ano, infelizmente 2020 também teve casos absurdos de violência e intolerância. O ano na região teve início com o triste caso da bailarina Maria Glória, a Magó, vítima de feminicídio no dia 25 de janeiro. O caso repercutiu causando comoção total e resultando em atos de repúdio à violência contra a mulher. Homenagens foram prestadas para a jovem através da renomeação do Teatro Reviver de Maringá e também com a denominação de um jardinete em Curitiba, de Magó. Em maio, jovens através do Twitter, fizeram denúncias públicas de abusos sofridos pelos professores em escolas particulares de Maringá. E, ainda no setor da educação, uma professora soltou fala homofóbica em meio a uma reunião da CEP-UEM.
Tragédias também foram registradas. O principal foi o incêndio no shopping atacadista de Maringá, atingindo mais de 80 lojas. Uma loja de decoração também pegou fogo e até mesmo ônibus da TCCC foram incendiados.
Nesse ano também foi registrado um recorde de temperatura em Maringá, quando a cidade chegou aos 40°C. E por falar em calor, uma grande seca assolou o Paraná, sendo necessário rodízio de abastecimento na Região Metropolitana de Curitiba.
Como se não bastasse, 2020 também foi ano de eleição municipal. A data para comparecer às urnas foi adiada e mesmo com 13 candidatos a prefeito a apuração de votos foi rápida e em primeiro turno foi decidida a reeleição de Ulisses Maia (PSD).
Estes foram apenas alguns dos principais acontecimentos de 2020, um ano repleto de desafios e mudanças que estará marcado para sempre. O Maringa.Com deseja um bom e, principalmente, saudável final de ano para todos. E que venha 2021.
