Você tem ideia de qual é a pior dor do mundo? A costureira Eselma Servente,57, tem. Há três anos convive com uma dor insuportável, a chamada neuralgia do trigêmeo.
“Eu sofro de uma doença pouquissimo conhecida, mas extremamente cruel. Essa doença causa uma dor considerada pela medicina como a pior dor do mundo”, conta ela que reside em Maringá.
A neuralgia do trigêmeo, ou nevralgia do trigêmeo, é uma doença que afeta o quinto nervo craniano. Ele se divide em três ramos, o mandibular, o oftálmico e o maxilar. A dor surge quando o trigêmeo é afetado por uma artéria ou por um tumor que acabam comprimindo o nervo. Nos momentos de crise, a pessoa sente um choque e a dor pode se espalhar por várias partes do rosto, como testa, olhos, nariz, ouvidos, maxilar e lábios.
“É um choque dura alguns segundos. Só que depois deste choque, fica uma dor nesta região do rosto. Eu estou dormindo e acordo, pulo na cama com esses choques. Um simples abraço, que é uma coisa comum para todo mundo, para mim em épocas de crise, é cruel”, descreve Eselma.
Servente, inicialmente começou a sentir dores estranhas na cabeça, na mandíbula, no ouvido. Chegou a pensar em sinusite, mas a mandíbula doía muito. Então procurou um especialista.
O diagnóstico, realizado por uma buco maxilar, atestou que ela não tinha nada e que talvez poderia ser o nervo trigêmeo.” Procurei uma especialista em buco maxilar, que parecia entender sobre o assunto. Fiz um tratamento como pediu, mas não resolveu. Ele me receitou a cirurgia, porém ocorreu tudo errado. Sai do hospital com muita febre. Depois disso, procurei outros médicos porque a dor é muito insuportável, mas não adiantou”, explica.
Segundo Eselma, em Maringá, não encontrou especialistas que entendem sobre o diagnóstico e procurar um tratamento fora, custa em média R$ 20 mil reais, algo fora do alcance.
“Eu não tenho condição de pagar R$ 20 mil em um tratamento que seria mais garantido. Procurei ajuda aqui na cidade, mas muitos não conhecem sobre o assunto, ou acham que eu sou só estou com dor de dente. Eu sou julgada porque as pessoas não acreditam na doença. É a dor da doença e a dor causada pela descrença e julgamento das pessoas”, complementa.
Para ajudar pessoas com o mesmo problema. Eselma está abrindo um grupo de autoajuda para esclarecer e tirar duvidas sobre o diagnóstico, ajudar e informar.
“Hoje, tenho um grupo de apoio, exitem muitas pessoas que demoraram anos para saber sobre a doença. Nesse projeto, o objetivo é fazer palestras, trazer especialistas que possam ajudar, explicar mais, nos ajudando a alertar sobre o que é a doença e, acima de tudo, trazer conhecimento sobre algo tão sério, mas que muitos não sabem”, declara.
Para quem deseja ajudar, basta entrar em contato com a Eselma no (44) 9 9118-9398.
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