A Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) encerrou a 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2020). Intitulado “Diálogos sobre Inteligência Artificial: construindo ecossistemas digitais para inovação no Paraná”, o evento consistiu em uma série de painéis virtuais, que já somam, até agora, mais de 700 visualizações.
Realizada em parceria com a Universidade Virtual do Paraná (UVPR), a série de eventos online teve como objetivo promover as ações de Inteligência Artificial (IA) desenvolvidas no território paranaense, especialmente nas universidades estaduais. A sessão de encerramento reuniu as professoras Linnyer Beatrys Ruiz Aylon e Maria de Lourdes Santiago Luz, ambas da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e o professor Jack de Castro Holmer, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar).
Para a assessora da Coordenadoria de Ciência e Tecnologia da Seti, Sandra Cristina Ferreira, que atuou como mediadora no painel de encerramento, a humanidade vive um momento de uso intenso de tecnologias, principalmente devido à pandemia do novo coronavírus.
“Esse aumento na quantidade de soluções inteligentes para as atividades cotidianas tem incentivado a realização de muitas pesquisas e a recondução de processos no modo de vida das pessoas”, afirmou, fazendo alusão à disseminação do conhecimento para uma sociedade tecnologicamente alfabetizada.
Nesse cenário de constante transformação, a professora Linnyer explicou a transição significativa na qual a tecnologia deixa de ser o foco para se tornar um instrumento de benefício para a vida do ser humano. “O mundo passou de uma força natural para uma força artificial e, agora, para uma inteligência artificial, cada vez mais habilitada. Programamos algoritmos nas máquinas, que são roteiros ou modos como as coisas devem ser feitas”, destacou.
A última grande evolução tecnológica contemplou a automatização dos processos manuais, integrando o universo da tecnologia com as máquinas e processos industriais. “Agora o ser humano passa a ser o centro de toda e qualquer operação, ou seja, a tecnologia é empregada para otimizar a qualidade de vida das pessoas”, complementou a professora Maria de Lourdes, citando um projeto de extensão desenvolvido na UEM para minimizar esforços biomecânicos dos profissionais de equoterapia.
Segundo o professor Jack, atualmente, arte e tecnologia parecem se fundir, de forma que uma modifica a outra, envolvendo aspectos biológicos e afetivos, concretizados em propostas artísticas e tecnológicas, que misturam o analógico e o digital. “A alfabetização digital é importante para aprender a técnica e o que fazer com essa técnica, compreendendo como ela modifica o mundo e o próprio ser humano”, salientou.
SNCT 2020 – Coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, a SNCT 2020 apresentou o tema “Inteligência Artificial: a nova fronteira da ciência brasileira”. No Paraná, a série de eventos online foi transmitida de 16 a 23 de outubro, no canal da UVPR no Youtube.
Ao todo, são seis eventos, que abordam desde as estratégias estaduais de Inteligência Artificial até a aplicação de IA em vários segmentos do dia a dia das pessoas, tais como: agronegócios; educação e novos ambientes de aprendizagem; energia e meio ambiente em cidades inteligentes; saúde e bem-estar; e design, arte e tecnologia. Toda a programação continua disponível. Acesse http://uvpr.pr.gov.br/inteligenciaartificial.