Estende-se ao longo de 39 metros a escultura criada no cemitério da Penitência, no Rio de Janeiro, em homenagem às vítimas da Covid-19. Num Brasil que regista mais de 136 mil mortos, o chamado Memorial In-finito cria um tributo coletivo.
“O memorial vem justamente para falar: ‘você tem importância, a sua dor tem importância, você tem um espaço para retornar quando quiser'”, explica a arquiteta, Crisa Santos.
Giselle Peixoto, que perdeu o progenitor, salienta que “dá uma satisfação saber que o seu pai não foi só mais uma vítima, que ele não foi esquecido. Ele aqui está eternizado. O meu coração aqui… estou sempre em casa”.
Entretanto, o mítico Teatro Amazonas, em Manaus, uma zona particularmente afetada pela epidemia, levou a palco um concerto de música clássica. Um ato de resistência com lotação reduzida, é certo, mas com uma elevada carga simbólica, num local que trouxe a Cultura a um dos mais recônditos lugares do país.