O estudante queniano Miguel Munene, de cinco anos, senta entre os pais, segurando suas mãos, enquanto observa personagens de desenhos animados que o ensinam a pronunciar “peixe”.
A televisão substituiu os professores e colegas de classe de Munene depois que o governo fechou as escolas indefinidamente em março para conter a disseminação do coronavírus. Elas ficarão fechadas pelo menos até janeiro.
Muitas crianças não têm a opção de aprender online –o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) diz que pelo menos metade das crianças em idade escolar na África subsaariana não possuem acesso à Internet.
Então, alguns, como Munene, assistem a um desenho animado feito pela organização sem fins lucrativos da Tanzânia Ubongo, que oferece conteúdo na televisão e rádio gratuitamente para emissoras africanas.
“Outros programas são apenas para diversão, mas Ubongo está ajudando as crianças”, disse a mãe de Miguel, Celestine Wanjiru, à Reuters. “Ele agora pode diferenciar muitas formas e cores, tanto em inglês quanto em suaíli”.
Em março, os programas da Ubongo eram transmitidos para uma área que cobre cerca de 12 milhões de famílias em nove países, afirmou Iman Lipumba, chefe de comunicações da Ubongo. Essa marca subiu para 17 milhões em 20 países até agosto.