BB tem lucro líquido de R$ 3,2 bi no segundo trimestre, queda de 23,7%

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O Banco do Brasil (BB) registrou lucro líquido de R$ 3,2 bilhões no segundo trimestre deste ano, resultado 23,7% menor do que em igual período de 2019 (R$ 4,2 bilhões). Os números foram divulgados hoje (6), em Brasília.

No primeiro semestre, o lucro líquido somou R$ 6,413 bilhões, queda de 21,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

O lucro líquido ajustado, que não considera eventos extraordinários, chegou a R$ 6,7 bilhões no primeiro semestre de 2020, redução de 22,7% em relação a igual período de 2019. No primeiro semestre, o BB informou que realizou antecipação prudencial em suas provisões de crédito, que resultou em reforço de R$ 4 bilhões.

No segundo trimestre, o lucro líquido ajustado chegou a R$ 3,3 bilhões, com recuo de 25,3% em relação ao mesmo período de 2019, quando foi registrado resultado de R$ 4,4 bilhões.

Segundo o BB, apesar da queda do lucro, a geração de negócios permaneceu forte devido ao “crescimento da carteira de crédito com um mix adequado, o controle de gastos e a redução de despesas com risco legal”.

O banco disse que os efeitos da pandemia sobre a economia implicaram na redução da demanda por produtos e serviços, o que impactou as receitas com prestação de serviços, tanto na comparação trimestral quanto na semestral. 

“Mesmo diante desse cenário, na comparação semestral [primeiro semestre deste ano contra igual período de 2019], os segmentos de administração de fundos, seguros, previdência e capitalização e consórcios apresentaram bom desempenho, fruto da oferta qualificada de produtos e serviços, inclusive nos meios digitais. Na comparação trimestral (segundo trimestre contra o primeiro deste ano), destaque para as receitas com mercado de capitais, que tiveram crescimento de 49,9%, explicado pela retomada gradual desse mercado onde a estratégia de atuação do BB permanece forte”, diz o banco.

Crédito

A carteira de crédito ampliada (empréstimos mais as operações com títulos, valores mobiliários privados e garantias) totalizou R$ 721,6 bilhões, crescimento de 5,1% em 12 meses.

A carteira para pessoas físicas cresceu 5,3% na comparação com junho. “Destaque para o desempenho positivo em crédito consignado, que evoluiu 14,6% em 12 meses, e da linha empréstimo pessoal, que cresceu 15,9% no mesmo período e alcançou R$ 11,3 bilhões”, disse o banco.

A carteira de crédito ampliada para pessoas jurídicas cresceu 5,3% na comparação anual e totalizou R$ 271,4 bilhões. A carteira para micro, pequenas e médias empresas cresceu 10,3% em 12 meses, puxada pelo aumento de 27,7% no capital de giro.

A carteira rural ampliada apresentou desempenho positivo de 2,4% na comparação anual, totalizando R$ 174,4 bilhões. “Destaque para a carteira para produtores pessoas físicas que cresceu 5,4%. O programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) completou dez anos em 2020 com desembolso superior a R$ 15,4 bilhões. O programa financia projetos de investimento que contribuam para a redução da emissão dos gases de efeito estufa”, ressaltou o BB.

Prorrogações e renegociação

Entre 16 de março e 30 de junho, foram prorrogadas mais de 1,7 milhão de operações, com saldo de R$ 71,8 bilhões, o que representa 11,6% da carteira de crédito interna. Desse montante, 98,8% não tinham histórico de atraso nos últimos 12 meses. Além disso, 69,1% estão atreladas a garantias e a mitigadores. O tempo médio de relacionamento dos clientes que prorrogaram operações é de 14 anos.

De acordo com o banco, foram registrados mais de R$ 171,5 bilhões em desembolso de crédito, incluindo operações novas, renovações, prorrogações e renegociações. 

“Destaque para o desembolso de R$ 5 bilhões do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que foram disponibilizados para mais de 80 mil clientes entre os dias 1° e 10 de julho”, afirma a instituição.

Inadimplência

O índice de inadimplência superior a 90 dias sofreu queda de 0,36 ponto percentual frente a março de 2020, alcançando 2,84% em junho, total inferior ao registrado pelo Sistema Financeiro Nacional (2,9%).  

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