Bolsistas atuam no monitoramento de presos em Umuarama
O Programa de Apoio Institucional para Ações de Prevenção e Cuidados diante da Pandemia do Novo Coronavírus abriu 1.064 vagas para contratação de bolsistas e investimento de R$ 8 milhões. Profissionais de saúde e estudantes de diferentes cursos foram selecionados por meio de edital. Até agora, cerca de 700 bolsistas já estão contratados e trabalhando em diversas frentes, entre elas delegacias e unidades prisionais.
Em Umuarama, uma parceria firmada com a Universidade Estadual de Maringá permitiu que todas as unidades prisionais dos municípios que integram a 12ª Regional de Saúde, de Umuarama, passassem a ser monitoradas.
Juliana Scanavaca, professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e coordenadora adjunta do projeto de extensão de combate à pandemia, é responsável por monitorar a atuação dos bolsistas nas regionais de Cianorte e Umuarama. “Os bolsistas estão verificando quem tem sintomas. É uma forma de previnir e evitar que a doença se espalhe nas unidades”, afirma.
A enfermeira Elisandra de Jesus Sangalli Martins e a técnica em Enfermagem, Franciele da Silva Correia, são bolsistas contratadas pelo governo do estado. Ambas atuam na Cadeia Pública de Umuarama. Desde a implantação do projeto na Unidade, não foi registrado nenhum caso de Covid19 entre os detentos. Apenas um caso suspeito, que foi encaminhado para a unidade sentinela de Campo Mourão.
“Nossa rotina é fazer o controle de acesso nas portas de entrada. Aferindo a temperatura, fornecendo álcool em gel e cobrando o uso obrigatório de máscara. Tanto para visitantes quanto para funcionários”, conta Franciele.
Além disso, eles têm promovido treinamentos semanais com os funcionários da unidade. “Já fizemos um curso sobre lavagem das mãos, explicando todas as doenças que se contraem por contato e em decorrência da não lavagem das mãos. Esta semana, o curso foi sobre a importância do uso da máscara”, afirma Elizandra.
De acordo com o coordenador regional do Departamento Penitenciário em Maringá, Luciano Brito, na Cadeia Pública de Umuarama, a rotina de trabalho da enfermeira e da técnica em enfermagem inclui a coleta diária de sinais vitais dos presos da triagem e a de informações a respeito de sintomas gripais.
Em caso de necessidade, conforme demanda, presos das cadeias públicas de Pérola, Iporã, Alto Piquiri, Altonia e Icaraíma também são atendidos por meio desta parceria.